4/08/2013 - 20h02
Moradores da favela do Moinho derrubam parte de muro para rota de fuga
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RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Moradores da favela do Moinho, que fica sob o viaduto Orlando Murgel, no centro de São Paulo, começaram a derrubar neste domingo (4) partes de um muro de contenção construído ao redor da comunidade. A derrubada da estrutura é parte de um plano para uma rota de fuga no local para prevenção no caso de um novo incêndio.
A favela foi atingida por dois grandes incêndios num intervalo de dez meses.
Moradores e integrantes de movimentos sociais afirmam que a prefeitura já havia se comprometido a derrubar a estrutura em julho, após uma reunião entre representantes do município e lideranças da comunidade, há cerca de três semanas.
Moradores derrubam muro na favela do Moinho
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Moradores derrubam muro para rota de fuga em caso de incêndio na favela do moinho
A administração, porém, alega ser necessário o aval da Sabesp, Eletropaulo e do Corpo de Bombeiros por meio da subprefeitura da Sé, e diz que uma vistoria foi feita na quarta-feira (31) para estudar a abertura das rotas de fuga.
Um grupo de trabalho formado por moradores e município terá início amanhã para debater soluções para a área. Haverá uma reunião às 15h na favela, que contará com representantes da subprefeitura e das secretarias da Habitação, de Relações Governamentais e de Desenvolvimento Urbano.
"A ideia do grupo é tanto pensar as questões emergenciais --e derrubar o muro é só a primeira delas, depois vem luz, água e esgoto--, como as questões de urbanização definitiva para o moinho", diz o urbanista Caio Castor, 30, que apoia os moradores.
Desde 2012, após o segundo grande incêndio, ainda na gestão Kassab, a prefeitura iniciou um processo de desocupação da área e oferece a construção de um conjunto habitacional próximo à ponte dos Remédios, na Lapa, mas que tem sido recusada por parte dos moradores.
Na época, diz a administração, foram cadastradas 810 famílias, das quais 50 % recebem auxílio moradia e aguardam moradias definitivas.
No primeiro grande incêndio, em dezembro de 2011, um terço dos barracos foram destruídos, segundo a Defesa Civil --uma área de 6.000 m². Em setembro do ano passado, o fogo consumiu 80 barracos, deixou um morto e cerca de 300 desalojados.











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