terça-feira, 6 de agosto de 2013

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O Japão apresentou nesta terça-feira pela primeira vez o porta-helicópteros Izumo, o maior navio militar que será usado no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o país foi obrigado a reduzir suas defesas após um acordo com os Estados Unidos.
A embarcação começará a funcionar a partir de 2015. Com 248 metros de comprimento e capacidade para transportar até 14 helicópteros, o navio custou € 900 milhões (R$ 2,7 bilhões). O navio foi lançado ao mar nesta terça, mesmo dia do aniversário de 68 anos do ataque nuclear americano a Hiroshima.
Associated Press
Navio Izumo, que foi lançado nesta terça pelos japoneses, é a maior embarcação de guerra do país desde a Segunda Guerra Mundial
Navio Izumo, que foi lançado nesta terça pelos japoneses, é a maior embarcação de guerra do país desde a Segunda Guerra
Segundo o ministério da Defesa japonês, o porta-helicópteros desempenhará um papel essencial tanto em matéria de defesa da soberania territorial quanto na proteção das vias marítimas, assim como em caso de desastres e catástrofes naturais.
Especialistas independentes estimam que esta embarcação, devido ao seu imponente tamanho, pode ser utilizada um dia como porta-aeronaves polivalente e servir de plataforma de lançamento para aviões de caça de pouso vertical.
Esta cerimônia de lançamento tem como pano de fundo as tensas relações com a China e, em menor medida, com a Coreia do Sul, devido a disputas territoriais com os dois países. Nesta terça, Pequim manifestou preocupação com a expansão militar do vizinho.
O lançamento do navio japonês acontece meses após a China colocar em serviço seu primeiro porta-aviões, o Liaoning. Em resposta, Tóquio lançou uma missão para proteger um arquipélago disputado pelos dois países no mar do Leste da China.
Tanto a China quanto a Coreia foram ocupados antes da Segunda Guerra Mundial pelo império japonês. Além dos problemas territoriais, a relação de Seul e Pequim com Tóquio é abalada pela mágoa histórica com a ocupação, da qual o Japão ainda não fez nenhum pedido de desculpas.

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