domingo, 5 de janeiro de 2014

 
13/12/2013 - 15h14

Kim Jong-il mandou executar políticos que decretaram reformas 'irrealistas'

da Livraria da Folha
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O presidente norte-coreano Kim Jong-il (1941-2011), pai do atual ditador daquele país, Kim Jong-un, mandou sequestrar e torturar diversos membros do alto escalão do Partido Coreano dos Trabalhadores. Em março de 2010, esses políticos foram condenados pelo crime de traição contra o povo e por decretarem reformas monetárias 'irrealistas'.
"Eles foram espancados tão brutalmente que não conseguiam abrir os olhos ou falar enquanto eram amarrados aos postes na linha de tiro de uma escola militar em Pyongyang", escreve Kevin D. Williamson em "O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo".
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Para autor, socialismo é militarista e só beneficia os detentores do poder
Para autor, socialismo é militarista e só beneficia os detentores do poder
Segundo o autor, centenas de outros oficiais foram demitidos, "provavelmente enviados com suas famílias para campos de trabalho forçado".
Esse foi mais um episódio em que problemas econômicos foram resolvidos com punições e execuções na Coreia do Norte.
Entre 1995 e 1998, o país asiático enfrentou um período de fome. Uma intensa campanha publicitária exaltava os benefícios para a saúde de viver apenas com uma ou duas refeições diárias.
"Norte-coreanos morreram de inanição graças às políticas desastrosas associadas à 'Ideologia Juche' da escola de economia de Kim", conta Williamson. "Segundo o olhar de Pyongyang, a ideologia oficial do Estado nunca fracassa por si só, mas pela ação dos outros".
Como consequência da escassez de alimentos, o secretário de agricultura foi denunciado como espião dos EUA e executado.
Em "O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo", o autor examina a definição de socialismo e de comunismo e analisa as experiências em diversos países do mundo. Para ele, o resultado é sempre militarista e nacionalista e traz benefícios apenas para aqueles que estão no poder.
Correspondente para o "National Review", Williamson também questiona a eficiência de métodos radicais que tentam coibir o funcionamento das leis da economia.

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