quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SEM SALÁRIO

“Funcionários da Assembleia Legislativa têm barriga e contas para pagar”

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da ALE, Luciano Vieira, fala sobre o desrespeito com os funcionários da Casa

       
“Funcionários da Assembleia Legislativa têm barriga e contas para pagar”
Sindicalista fala do descaso no pagamento dos vencimentos na ALE Foto: Reprodução
O ano para Assembleia Legislativa do Estado não terminou bem. A crise institucional que abalou o Poder Legislativo durante 2013 respingou essa semana nos servidores da Casa. Mais de 800 funcionários efetivos estão sem receber o salário de dezembro, o décimo terceiro vencimento e as férias.
Devido ao caos administrativo, os trabalhadores da Casa de Tavares Bastos resolveram paralisar as atividades por tempo indeterminado. As sessões que iriam ocorrer na quarta, 18/12, e quinta 19/12, foram interrompidas pelas manifestações por parte dos servidores da ALE, que afirmaram que os trabalhos na Casa só retornam com o pagamento do salário atrasado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo (STPLAL), Luciano Viera,  disse que no início da semana esteve em uma reunião com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e os secretários Rogério Teófilo e Álvaro Machado para decidir o impasse dos pagamentos dos servidores do Legislativo, mas nada ficou acordado. 
“A reunião com o Executivo foi vazia e nenhuma explicação plausível foi dada sobre o congelamento dos pagamentos”, garantiu Luciano. O presidente do STPLAL afirmou que: “Os funcionários da Assembleia Legislativa têm barriga e contas para pagar. O que está sendo feito com os profissionais que exercem suas funções é um total desrespeito”. Ainda em tom de crítica, Luciano Vieira salientou que se for necessário os trabalhos de 2013 ficarão paralisados até o próximo ano.
“Vamos travar a votação da LOA (Lei Orçamentária Anual) e outros projetos de importância para o Governo do Estado que aguarda votação na Casa, entre eles o do Plano Plurianual (PPA) e a alteração em uma lei para que o Estado receba os recursos de um empréstimo contraído junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento”.Segundo Luciano, a atual Mesa Diretora já se manifestou em favor da paralisação e das cobranças junto ao Governo do Estado.
“A presidente da Casa, Flávia Cavalcante (PMDB) e o membro da Mesa Diretora, Ronaldo Medeiros (PT), colou para o Sindicato que é legítima a nossa paralisação e que devemos lutar pelos nossos direitos”. No final da tarde da quinta-feira, 19/12, a Mesa Diretora da Assembleia deve ser reunir com membros do Executivo do Estado para articular o pagamento do duodécimo da Casa de Tavares Bastos. Os vencimentos dos servidores devem ser pagos até a sexta-feira, 20/12, ou as atividades continuarão paralisadas. 
Até o fechamento dessa edição do jornal Extra não foi informado qualquer tipo de acerto entre deputados, governo do Estado e servidores. Outro que engrossou o coro para permanecia da paralisação dos servidores da ALE foi o presidente da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa (Assala), Eduardo Fernandes.“As portas da Assembleia só serão reabertas quando o governo efetuar o repasse da superlotação financeira necessária para que os salários sejam pagos”, reiterou Eduardo Fernandes.  
Presidente da Assala revelou que para solucionar o problema financeiro vivenciado pela Casa de Tavares Bastos seria necessário um crédito suplementar no montante de R$ 25 milhões. 

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