Solução à vista29/10/2013 | 11h55
Copa de 2014 pode ter controle antidoping monitorado por satélite
Proposta é que unidade temporária seja instalada no país durante a competição
As análises para controle antidoping da Copa do Mundo de 2014 poderão ser monitoradas por satélite. Os testes seriam feitos em um laboratório instalado temporariamente no Rio de Janeiro para atender à competição. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, do Ministério do Esporte, prepara a proposta de instalação da unidade para apresentá-la à Fifa.
— Um laboratório que esteja acreditado monta uma operação por satélite no Rio de Janeiro para atender, especificamente, à Copa. Essa operação precisa ser acertada com a Fifa e depois aprovada pela Agência Mundial Antidoping (AMA) — esclareceu o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein.
Segundo o diretor, essa é a opção para fazer, no Brasil, os exames de sangue e de urina do Mundial de Futebol que vai ocorrer no país, uma vez que o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (Ladetec) foi descredenciado pela AMA, em agosto deste ano, por falhas em exames antidoping.
Antes do descredenciamento, todos os exames de competições esportivas brasileiras — como os dos jogos de futebol da Taça Libertadores da América — e de países próximos (Argentina, Uruguai e Chile) eram feitos no Ladetec, que pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No caso dos campeonatos de primeira e segunda divisões, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminha as análises de controle de dopagem a um laboratório de Bogotá, na Colômbia.
Investimento em laboratório brasileiro
para reaver permissão de atuação
para reaver permissão de atuação
Para conseguir uma nova acreditação ao Ladetec, os ministérios do Esporte e da Educação investem na construção de um prédio e no reequipamento do laboratório, em frente ao local atual. A pasta do Esporte é responsável por 80% dos recursos aplicados na obra. O da Educação, pelo restante. De acordo com o ministério do Esporte, foram repassados à Universidade Federal do Rio de Janeiro R$ 15,7 milhões.
Junto com o diretor do Ladetec, Francisco Radler, o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, participou de uma reunião em setembro, na sede da AMA, em Montreal no Canadá, para discutir a situação do laboratório brasileiro. De acordo com Klein, ficou acertado que logo que as obras e as instalações dos equipamentos mais modernos que estão programadas estejam concluídas, o governo brasileiro pedirá o recredenciamento do Ladetec. A previsão de Klein é usar o novo prédio do Ladetec durante os Jogos Olímpicos de 2016,
A América Latina tem quatro laboratórios, o do México que foi acreditado este ano; um em Havana, em Cuba; o de Bogotá, na Colômbia, e o do Rio de Janeiro, no Brasil, que é o mais antigo. No Hemisfério Sul há apenas mais dois laboratórios, além do brasileiro. Um em Joanesburgo, na África do Sul e outro em Sydney, na Austrália. "O nosso, no momento, não está acreditado, mas será novamente", completou Klein.