segunda-feira, 28 de outubro de 2013


Análise indica que vitamina D não ajuda a prevenir osteoporose

The New York Times
  • Thinkstock
    A opinião geral de que a vitamina D promove a mineralização óssea provavelmente está incorreta,<br> de acordo com os autores do estudo
    A opinião geral de que a vitamina D promove a mineralização óssea provavelmente está incorreta,
    de acordo com os autores do estudo
Em uma extensa análise de estudos, pesquisadores quase não encontraram evidências de que a ingestão de suplementos de vitamina D tenha qualquer efeito na prevenção da osteoporose em pessoas de meia idade.
Publicada no periódico The Lancet, a análise incluiu 23 experimentos randomizados, que avaliaram os efeitos da vitamina D sobre a densidade óssea de quatro regiões – espinha dorsal, colo, costela e antebraço – e envolveu 4 mil participantes, de um modo geral saudáveis e com idade média de 59 anos.
As dosagens diárias utilizadas foram de 500 a 800 ou mais unidades da vitamina e os horários de administração também foram variados. Em alguns estudos, os participantes também receberam cálcio.
A análise não descobriu aumento significativo da densidade óssea – nos dados reunidos ou em estudos individuais – e, de um modo geral, o número de resultados positivos não superou os casos previstos para ocorrerem ao acaso.
O grande número de participantes e a diversidade de formas de administração são pontos fortes consideráveis das conclusões obtidas nessa análise.
Os autores escreveram que a opinião geral de que a vitamina D promove a mineralização óssea provavelmente é incorreta.
"Não estamos falando de pessoas que sejam realmente deficientes em vitamina D", afirmou Ian R. Reid, principal autor do estudo e professor de medicina da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. "Entretanto, a vitamina D não contribui positivamente com as pessoas saudáveis que focam a prevenção da osteoporose."
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Ingerir as quantidades ideais de vitaminas e sais minerais ajuda na prevenção do câncer. INCONCLUSIVO: os resultados de pesquisas sobre o uso de suplementos vitamínicos e minerais na prevenção do câncer são controversos. "Estudos observacionais sugerem que uma dieta rica em vitaminas pode prevenir o desenvolvimento do câncer. No entanto, os resultados de ensaios clínicos sobre o uso de vitaminas e risco de câncer têm sido quase sempre inconclusivos. Por exemplo, um mapeamento com 8.000 mulheres não encontrou nenhuma evidência de que a suplementação com vitamina C, E ou beta-caroteno (isoladamente ou em combinação) diminuiu a incidência de mortalidade pela doença", informa Artur Malzyner, médico oncologista do Hospital Albert Einstein e da Clínica de Oncologia Médica, em São Paulo, com felow em Oncologia Médica no Centro Nacional de Câncer de Tóquio, Japão. Em contrapartida, ele cita outro estudo clínico publicado em 2012, envolvendo cerca de 15 mil pessoas, que constatou que a suplementação com um multivitamínico comparado com placebo resultou em redução de 8% no risco de câncer. "Essas informações aparentemente discrepantes são frequentes na medicina de hoje e em geral tem o seguinte significado: tal procedimento representa baixíssima eficiência ou então é benéfico apenas para poucas pessoas que o utilizaram. As dúvidas científicas seguem distantes de uma conclusão, o que nos permite concluir que, hoje, o emprego das vitaminas na prevenção do câncer continua sendo mais um mito do que um fato demonstrado" Leia mais Thinks

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