sábado, 26 de outubro de 2013

25/10/2013 - 23h22 - Atualizado em 26/10/2013 - 09h45

Mais de 750 postes atrapalham obras em rodovias

Em Vila Velha, onde 32 postes impedem a passagem de ciclistas e até de motoristas

VILMARA FERNANDES | vfernandes@redegazeta.com.br
Foto: Ricardo Medeiros
 Ricardo  Medeiros
Vias municipais também sofrem com a demora na remoção dos postes
Quase 1.200 quilômetros de obras em rodovias do Estado enfrentam dificuldades para serem concluídos. Os obstáculos são 753 postes que permanecem no meio do caminho por não terem sido realocados pela concessionária de energia, a EDP Escelsa. Situação semelhante à vivida por Vila Velha, onde 32 postes impedem a passagem de ciclistas e até de motoristas em vias da cidade.

O problema chegou a ser alvo de um desabafo do governador Renato Casagrande, na última terça-feira, durante o lançamento do programa de obras do BRT – corredor exclusivo para ônibus. Ele relatou que, de Norte a Sul do Estado, obras importantes em rodovias não podem ser concluídas devido à demora na retirada de 867 postes. Um total de 114 deles acabou sendo removido, posteriormente.

O problema decorre do atraso da Escelsa em promover a troca dos equipamentos, explicou a diretora do Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER), Tereza Casotti. Segundo ela, assim que é fechado o contrato para a realização de uma obra, a concessionária de energia é informada sobre os postes que precisam ser removidos.

Técnicos da empresa vão a campo, fazem uma avaliação, apresentam o orçamento e o preço é fechado. Só que demoram muito para promover a troca. “O ritmo é bem mais lento do que a execução de nossas obras”, relata Tereza.

Ela cita como exemplo a duplicação de uma rodovia em Cachoeiro, Sul do Estado. São 11 quilômetros de estrada onde precisam ser retirados 167 postes, mudança que já foi solicitada desde o início da obra. “Até agora, só 20 foram movidos. Um novo prazo foi fechado até o fim de dezembro de 2013”, disse Tereza.

Há situações de rodovias, explica a diretora, que foram concluídas e que não podem ser utilizadas. É assim na estrada que liga Muqui a Jerônimo Monteiro, cerca de 20 quilômetros onde o tráfego não é liberado porque os postes permanecem no meio do caminho e poderiam causar acidentes.

Há registros também no Norte do Estado, mas a situação é mais grave no Sul. Por cada realocação – nos casos mais simples –, o Estado paga cerca de R$ 7 mil por poste.

Mais cidades

Vitória chegou a enfrentar essa dificuldade na duplicação das avenidas Fernando Ferrari e Dante Michelini, e também na Ponte de Camburi.

Na Serra, obras em três vias de Laranjeiras – Rua das Acácias e avenidas Carolina e Elder Scherrer – dependem da mudança de 14 postes. Em Cariacica, são mais frequentes os pedidos de remoção na frente de garagens e em lotes do que em vias municipais.

O outro lado

Realocação segue cronograma

A EDP Escelsa informa, por intermédio de nota, que a maior parte da realocação dos postes citados nesta reportagem já foi realizada. As demais obras já autorizadas estão seguindo um cronograma prioritário de conclusão.

A empresa concessionária de energia elétrica ressalta ainda que a solicitação de relocação de poste deve ser feita pelo interessado à distribuidora, pois esta analisará as responsabilidades e também definirá os custos da obra.

Caso seja identificado que a responsabilidade é do próprio solicitante, os custos ficarão a cargo deste, de acordo com as regras vigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
órgão regulamentador do setor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário