quarta-feira, 2 de outubro de 2013


  atualizado às 18h56

Com protestos, Câmara do Rio aprova plano de cargos para professores

Enquanto do lado de fora ocorriam protestos com bombas de gás, spray de pimenta, pedras e confusão, os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram na noite desta terça-feira o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos professores e servidores da educação na cidade, apresentado pelo prefeito Eduardo Paes. O projeto foi aprovado, sem nenhuma mudança, por 36 votos a três.
Logo na abertura dos trabalhos, vereadores da oposição pediram o adiamento da votação do plano, uma demanda dos professores, que cobram mais tempo para analisar a proposta. "Não é possível aprovar um plano de carreira usando todo esse aparato militar lá fora", disse o vereador Renato Cinco (Psol), que ainda questionou se essa seria a democracia da gestão de Eduardo Paes.
O vereador Brizola Neto (PDT) seguiu na mesma linha e disse que levou 45 minutos para chegar à Câmara de Vereadores. "Tive até que pular um muro para entrar no prédio", afirmou ao destacar que a população não foi informada do bloqueio das vias no entorno da Câmara. Para ele, sem a presença do povo, a sessão mais parecia um "evento secreto".
Também ocorreu confusão dentro do prédio. O próprio Brizola Neto tentou impedir votação, subindo na mesa do presidente da Câmara. Ele foi imobilizado por seguranças e deixou o Plenário.
Presidente da Câmara, o vereador Jorge Felippe (PMDB) disse que não iria interromper a sessão e adiar a votação. Ele criticou a ocupação do plenário feita por professores no fim de semana e classificou os manifestantes de radicais e intolerantes. "Me reuni duas vezes com Sepe (Sindicato dos Professores) e nunca foi apresentada uma proposta substituta ao que está sendo votado", disse, ao defender a votação.

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