• • atualizado às 18h56
Com protestos, Câmara do Rio aprova plano de cargos para professores
Enquanto do lado de fora ocorriam protestos com bombas de gás, spray de pimenta, pedras e confusão, os vereadores do Rio de Janeiro aprovaram na noite desta terça-feira o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos professores e servidores da educação na cidade, apresentado pelo prefeito Eduardo Paes. O projeto foi aprovado, sem nenhuma mudança, por 36 votos a três.
Logo na abertura dos trabalhos, vereadores da oposição pediram o adiamento da votação do plano, uma demanda dos professores, que cobram mais tempo para analisar a proposta. "Não é possível aprovar um plano de carreira usando todo esse aparato militar lá fora", disse o vereador Renato Cinco (Psol), que ainda questionou se essa seria a democracia da gestão de Eduardo Paes.
O vereador Brizola Neto (PDT) seguiu na mesma linha e disse que levou 45 minutos para chegar à Câmara de Vereadores. "Tive até que pular um muro para entrar no prédio", afirmou ao destacar que a população não foi informada do bloqueio das vias no entorno da Câmara. Para ele, sem a presença do povo, a sessão mais parecia um "evento secreto".
Também ocorreu confusão dentro do prédio. O próprio Brizola Neto tentou impedir votação, subindo na mesa do presidente da Câmara. Ele foi imobilizado por seguranças e deixou o Plenário.
Presidente da Câmara, o vereador Jorge Felippe (PMDB) disse que não iria interromper a sessão e adiar a votação. Ele criticou a ocupação do plenário feita por professores no fim de semana e classificou os manifestantes de radicais e intolerantes. "Me reuni duas vezes com Sepe (Sindicato dos Professores) e nunca foi apresentada uma proposta substituta ao que está sendo votado", disse, ao defender a votação.
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