Filha de milionário da Mega-Sena não administrará mais fazenda de pai, decide Justiça
A juíza Larissa Nunes Pinto Sally, da 1ª Vara de Rio Bonito, determinou a remoção de Renata Almeida Sena do cargo de inventariante da Fazenda Nossa Senhora da Conceição. De acordo com a sentença, do último dia 22, há provas de que o imóvel está deteriorado e dilapidado. Ao longo da ação, a filha de Renne Sena alegou que a responsabilidade sobre a manutenção da sede da fazenda é de Adriana Ferreira Almeida, viúva do milionário. A magistrada garante, no entanto, que Renata tem o “dever legal de zelar por todo o espólio e de tomar as medidas necessárias para tanto”.
Na decisão, Larissa ainda destaca que há notícias de que a propriedade se encontrava abandonada, com caminho de acesso tomado por vegetação e com os animais estão morrendo de inanição. Durante vistoria, segundo a magistrada, não foi possível verificar o interior da casa pois ela estava fechada e não havia funcionários no local. A juíza ainda frisa que Adriana mora em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, e não na fazenda.
Larissa também explica que foi instaurado um inquérito, na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, para apurar possíveis danos ambientais, contaminação do solo e do lençol freático, havendo inclusive ofício oriundo da Procuradoria do Município de Rio Bonito noticiando denúncia anônima e constatada pelo órgão. A decisão ainda leva em consideração o valor recebido por Renata (cerca de R$ 100 mil) para administrar a propriedade e concluiu que, “ante a malversação do dinheiro da herança e a má administração do bem imóvel”, o pedido do Ministério Público para a remoção da inventariante deve ser acatado.
A juíza nomeia como inventariante judicial o advogado Marco Tulho Teixeira Soares Menezes. O advogado de Renata, Marcus Rangoni, pretende recorrer da decisão judicial:
- Não foi respeitado o direito de defesa da filha de se defender das acusações. Quem habitava a sede da fazenda era a Adriana e ela que deveria cuidar. Não há um laudo comprovando a contaminação do solo. Me soa estranho uma decisão dessa neste momento, antes da venda das propriedades.
O advogado Jackson Costa Rodrigues, que defende a viúva, não foi encontrado pelo EXTRA.
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