Atirador de Washington se dizia 'transtornado' e ouvia vozes após ataques de 11/9
Único suspeito de ter matado 12 pessoas em um prédio da Marinha em Wahington DC, na manhã de segunda-feira (16), Aaron Alexis, 34, disse à polícia em 2004 --após se envolver em um incidente com arma de fogo-- que estava presente durante os "trágicos eventos de 11 de setembro de 2001", e que isso o deixou "perturbado".
O suspeito fazia tratamento psicológico desde agosto, financiado pela Administração dos Veteranos. Ele apresentava sintomas de paranoia e insônia, além de ouvir vozes.
Fontes ouvidas pela agência AP disseram, no entanto, que ele não foi declarado "mentalmente incapaz", o que teria revogado seu passe para acessar o complexo.
De acordo com seu pai, que não teve o nome divulgado pelas autoridades, Aaron sofria de estresse pós-traumático (conjunto de sintomas psicológicos que atingem pessoas que passaram por momentos trágicos como guerras ou grandes desastres) após os ataques terroristas contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington DC.
Em maio de 2004, a polícia de Seattle (Washington) prendeu Alexis porque ele atirou contra os pneus do veículo de um operário de construção e, segundo confessou, o fez após um ataque de raiva, mas argumentou que não se lembrava do incidente até uma hora depois do mesmo.
Atualmente, Alexis trabalhava como funcionário terceirizado da Hewlett-Packard para atualizar os sistemas de computadores nas instalações da Marinha no mundo todo.
VEJA O LOCAL DO TIROTEIO
Outro tiroteio
Em 4 de setembro de 2010, Alexis foi acusado de envolvimento em um tiroteio no local onde vivia, um complexo residencial em Oak Hill Circle, quando atirou contra o teto de seu apartamento e em direção à residência de uma vizinha que, dias antes, tinha reclamado com ele no estacionamento por fazer muito barulho.
No documento da polícia de Fort Worth (Texas), consta o depoimento da mulher, que afirmou que se sentiu "aterrorizada" por Alexis desde esse dia e considerou que o tiro não foi acidental, como alegou o acusado.
Alexis foi membro das reservas da força naval em Fort Worth entre 2007 e 2011, onde trabalhava em vários sistemas de engenharia elétrica em equipamentos de aviação.
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