• • atualizado às 13h25
Fifa diz que não deu nota 7 para a Copa das Confederações
Entidade afirma que avaliação se trata apenas de opinião pessoal de membros de seu comitê executivo
No início da tarde de sexta-feira, três membros do comitê executivo da Fifa deram nota 7 para a Copa das Confederações após uma reunião no hotel Sofitel, no Rio de Janeiro. Neste sábado, a entidade disse que a avaliação se trata apenas de uma opinião pessoal dos envolvidos e não de uma posição da organização que controla o futebol mundial.
O presidente do comitê organizador da Fifa, o marfinense Jaques Anouma, o presidente da Conmebol, Eugenio Figueiredo, e o belga Michel D'Hooghe foram unânimes em dizer que a Copa do Mundo estava 70% encaminhada depois de uma Copa das Confederações avaliada positivamente, mas com pontuação menor do que a da África do Sul, que em 2009 recebeu nota 7,5.
"A Fifa não trabalha com uma nota. O feedback que temos recebido deles até o momento é ótimo", disse o diretor executivo do comitê organizador local, Ricardo Trade, neste sábado. Já na segunda-feira, a organização da Copa das Confederações se reúne com membros da Fifa por três dias para fazer uma avaliação ponto por ponto da competição. "Se tivesse uma nota, seria mais que 7", garantiu o secretário geral da entidade, Jérôme Valcke.
Oficialmente, os principais dirigentes da Fifa tratam de valorizar os aspectos positivos da competição. Falam do alto número de gols, da qualidade das partidas, da final esperada entreBrasil e Espanha. Diariamente, a entidade manda pelo seu departamento de imprensa um email com números que valorizam a Copa das Confederações: maior audiência de TV de todas as edições do torneio e venda recorde de ingressos, por exemplo. Mas a Fifa também tem se preocupado com vários problemas importantes.
O maior deles é a rejeição da competição por boa parcela da população brasileira, que acabou saindo às ruas para protestar contra o excesso de gastos públicos na construção de estádios. Mas também pesam as reclamações das próprias seleções envolvidas na competição. O Uruguai não pôde realizar dois treinamentos por falta de condições dos campos escolhidos e a Espanha criticou a escolha de seu hotel no Rio de Janeiro - que fica a mais de uma hora do Estádio Maracanã - e a forma como a Fifa tratou o caso do roubo de dinheiro da delegação no Recife.
Nos bastidiores, a Fifa estaria até avaliando a possibilidade de trocar as datas da Copa do Mundo do próximo ano para facilitar a questão da logística.
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