sexta-feira, 28 de junho de 2013

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Angolanos ficam com 23,5% da SAD do Sporting

'Leões' comunicaram à CMVM reestruturação operacional do grupo Sporting. Conversão de créditos permite entrada da Holdimo, grupo com capital angolano que terá Álvaro Sobrinho como um dos investidores, mas poderão ser anunciados outros parceiros que ficarão com 21% da SAD. 
Bruno Roseiro
 
A hipoteca do estádio José Alvalade e do multidesportivo serve como garantiaALBERTO FRIASA hipoteca do estádio José Alvalade e do multidesportivo serve como garantia
O Sporting anunciou hoje à CMVM a reestruturação operacional de todo o seu grupo empresarial, pouco depois de ter convocado uma assembleia geral do clube para 30 de Junho, no pavilhão da Ajuda. A confirmação da Holdimo, o grupo com capital angolano que que viu os seus créditos convertidos em ações, é a maior novidade entre as medidas apresentadas.
Confirma-se também, como o Expresso avançou a 1 de junho na edição em papel, a permissão para a entrada na SAD de mais 18 milhões de euros através de novos investidores (que ainda não são conhecidos) e a emissão de mais Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis, num total de 80 milhões de euros.
A hipoteca do estádio José Alvalade e do multidesportivo serve como garantia aos dois credores leoninos, Millenium BCP e BES.

Uma reestruturação trocada por miúdos


- A sociedade Sporting Património e Marketing (SPM) fará um aumento de capital prévio de 73 milhões de euros, segundo soube o Expresso, através do alargamento do prazo dos direitos de superfície do estádio em mais 33 anos. Desta forma, ficará com uma situação líquida de oito milhões. Aí, haverá uma fusão por incorporação na SAD;
- A SAD fará um aumento de capital de 20 milhões de euros através da conversão de um crédito com a Holdimo (grupo com capital angolano que, de acordo com o 'Jornal de Negócios', terá Álvaro Sobrinho como um dos investidores), que passa assim a deter 23,5% da sociedade leonina. Em troca, desbloqueia percentagens de passes de jogadores (até de juniores) que tinham sido vendidas anteriormente pela direcção anterior;
- Além disso, haverá, caso a assembleia geral aprove, a entrada de novos investidores, que irão injetar na SAD do Sporting 18 milhões de euros. Esses parceiros, que deverão ser estrangeiros, ficarão com cerca de 21% da sociedade;
- No final de todas as contas, e confirmando-se um capital social de 77 milhões de euros (nesta altura, cifra-se em 39 milhões), o Sporting mantém a maioria da SAD (qualquer coisa como 50,38%), pertencendo o resto da sociedade à Holdimo (23,5%), aos novos parceiros (pouco acima dos 21%) e a outros investidores/ações (4,9%);
- Em paralelo, serão emitidos 80 milhões de euros de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) a serem subscritos pela banca, com taxa de juro anual bruta condicionada a 4%: 56 milhões pelo Millenium BCP e 24 milhões pelo BES. A emissão será feita a 12 anos, ou seja, até 2025 o Sporting nunca correrá o risco de perder a maioria do capital social da SAD;
- Foi concedido o direito de superfície do estádio José Alvalade e do multidesportivo como garantia para os parceiros bancários

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