PLANTÃO DE POLÍCIA
‘Eu não vou me calar’
25/07/13 23:34
atualizado em 25/07/2013 23:02
atualizado em 25/07/2013 23:02
Estudante sofre sequestro-relâmpago motivado por razões políticas
A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, está em alerta máximo após descobrir um sequestro-relâmpago de um militante do Psol, ontem à tarde, na Tijuca, motivado por razões políticas. No início da noite, ela pediu ao delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fabio Barucke, que dê prioridade total ao caso.
O roteiro do sequestro impressionou os policiais. Na terça-feira, o estudante Rodrigo Antonio D'Oliveira Graça, de 19 anos, começou a receber ligações telefônicas ameaçadoras devido aos textos que postava no Facebook. Inicialmente, ele deu pouca atenção e imaginou se tratar de trote. Até que sua conta na rede social foi excluída, bem como seu e-mail pessoal.
"Pensei que fosse algum erro, mas depois vi que não. Liguei para a minha namorada, contei o que aconteceu e, logo em seguida, recebi outra ligação de um cara dizendo: ‘Ué, agora está com medo?'. Ou seja, grampearam meu celular", contou Rodrigo.
O estudante foi, então, à 18ª DP na noite de quarta-feira para prestar queixa. E recebeu nova ameaça logo após deixar a delegacia, dessa vez por um SMS, que afirmava: "Não adianta nos denunciar. As coisas só vão piorar para você. Pense bem. Cuidado".
Ontem, Rodrigo foi levado por quatro homens armados e encapuzados quando chegava à Praça Afonso Pena. Durante 40 minutos, ele foi torturado psicologicamente, teve camisa e o boletim de ocorrência rasgados. O estudante voltou à delegacia e foi orientado, inclusive por policiais, a procurar também a imprensa. "Tudo o que essa gente quer é que eu me cale. E isso eu não vou fazer", disse Rodrigo, cujo caso é parecido com o do sociólogo Paulo Baía, que, na semana passada, foi sequestrado em situação semelhante no Aterro do Flamengo
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