PLANTÃO DE POLÍCIA
Pastor Marcos vai depor
22/07/13 23:06
atualizado em 22/07/2013 23:09
atualizado em 22/07/2013 23:09
Religioso é acusado de estar por trás da ordem de expulsão do AfroReggae no Alemão
O pastor Marcos Pereira da Silva, líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias e preso desde o início de maio sob acusações de estupro e homicídio, vai ser chamado para depor na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), que abriu inquérito para apurar as ameaças que levaram ao fechamento do núcleo do AfroReggae no Complexo do Alemão.
O coordenador da ONG, José Junior, prestou depoimento ontem na especializada e acusou o religioso de estar por trás da ordem de expulsão e de ter ordenado que a sede da entidade na Favela da Grota fosse incendiada, semana passada.
"Em toda investigação que for citada o nome dele (pastor Marcos), nós vamos ouvi-lo. É uma investigação complexa. Há fatos concretos acontecendo contra o AfroReggae desde que o Junior fez denúncias contra o pastor. Temos várias informações que demonstram a ligação do pastor Marcos com o crime organizado", afirmou o delegado Márcio Mendonça, titular da especializada.
O AfroReggae suspendeu as atividades no Alemão, no último sábado, após 12 anos atuando no local. Em seu depoimento, José Junior revelou que a unidade da ONG no bairro Jardim Nova Era, em Nova Iguaçu, também foi atacada e contou ter recebido três ligações relatando ameaças.
"Disseram se voltarmos ao Alemão vão explodir tudo lá. Em Nova Iguaçu, arrancaram a fiação do lugar na madrugada de quinta-feira. Mas não quero ser leviano. Prefiro que as investigações apontem se há ligação com os outros casos. Espero que não tenha", disse Junior.
As duas unidades do AfroReggae atacadas ficam em áreas onde o tráfico é dominado pelo Comando Vermelho (CV). "São fatos relacionados a essa facção, com quem o pastor Marcos tem ligações. Quem deu essas ordens será responsabilizado", afirmou Mendonça.
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