Barbárie16/12/2013 | 20h30
MP pede júri popular para três torcedores presos por briga na Arena Joinville
Denúncia foi protocolada na tarde desta segunda-feira na 1ª Vara Criminal
Schirlei Alves
O Ministério Público ofereceu denúncia contra os três torcedores presos em flagrante no dia em que ocorreu a briga generalizada entre as torcidas do Vasco e do Atlético Paranaense, na Arena Joinville. A denúncia foi protocolada na tarde desta segunda-feira na 1ª Vara Criminal. O promotor de justiça Ricardo Paladino também requer que os três denunciados sejam submetidos a julgamento pelo Júri Popular.
Os torcedores vascaínos Jonathan Fernandes dos Santos, 30 anos, Arthur Barcelos Lima Ferreira, 26 anos, e Leone Mendes da Silva, 22 anos, foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado - por motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima; por dano ao patrimônio público; e por incitação e prática à violência - crime previsto no Estatuto do Torcedor. Além dos crimes citados, o torcedor Arthur foi denunciado por roubo e lesão corporal grave.
De acordo com a denúncia, os três participaram ativamente do confronto nas arquibancadas do estádio, provocando, agredindo e incentivando a agressão contra a torcida adversária. As torcidas rivais partiram para o enfrentamento físico poucos minutos após o início da partida. A tentativa de homicídio teria sido praticada contra o torcedor rival Estevam Vieira da Silva que no meio da confusão ficou caído em uma das fileiras da arquibancada.
—Quando a vítima estava prostrada ao solo desacordada, o denunciado Leone Mendes da Silva muniu-se de barra de madeira, contendo parafuso na ponta, passou a golpeá-lo no tórax, braços e cabeça—, destacou o promotor.
A denúncia diz que Jonathan e Arthur ajudaram a agredir a vítima e que o homicídio só não foi consumado porque houve intervenção da Polícia Militar.
—O pretendido homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias às vontades dos denunciados, uma vez que a Polícia Militar logo chegou e retirou a vítima do local, quando então recebeu pronto e eficiente atendimento médico.
De acordo com o Ministério Público, Arthur foi denunciado por ter roubado o tênis e a bermuda de Estevam com emprego de força física e por ter agredido Willian Batista da Silva. As lesões corporais foram comprovadas com laudo pericial. O MP destacou ainda que os denunciados danificaram a Arena Joinville quebrando as grades de proteção que dividiam as duas torcidas.
A denúncia foi feita com base no auto de prisão em flagrante realizado na Central de Polícia no dia da confusão. Os torcedores se reservaram ao direito de permanecerem calados e não falaram no interrogatório feito na delegacia. O delegado que estava de plantão, Douglas de Cinque, ouviu testemunhas e os policiais que fizeram a prisão.
Imagens divulgadas por meio da imprensa mostram as agressões. Os torcedores permanecem presos preventivamente em uma cela da Penitenciária Industrial de Joinville.
Investigação
O inquérito policial instaurado para investigar a participação dos demais torcedores na briga entre Vasco e Atlético Paranaense está em fase de identificação e qualificação dos envolvidos. Os nomes dos cerca de 40 torcedores previamente identificados ainda não foram divulgados pelo delegado Paulo Reis, a fim de não prejudicar o andamento da investigação.
Policiais da Divisão de Investigação Criminal, com apoio de agentes da Central de Polícia, do Instituto Médico Legal e das polícias do Paraná e do Rio Janeiro trabalham 24 horas para dar agilidade aos trabalhos e concluir o inquérito dentro do prazo legal de 30 dias.
Contraponto
Arthur Barcelos Lima Ferreira e Leone Mendes da Silva
O advogado de defesa Márcio da Maia Vicente já entrou com pedido de revogação da prisão preventiva. A defesa considera que os dois torcedores foram vítimas.
—Eles são réus primários e nunca se envolveram com nada e nem faziam parte de torcida organizada. Eles foram acuados pela torcida adversária e serviram de escudo para defender crianças, idosos e mulheres que estavam lá. Houve o ataque, mas faz parte da situação, foge da razão, são todos trabalhadores, um é estudante e o outro barbeiro—, destacou.
Márcio alega que por serem réus primários, terem endereço fixo e emprego não justifica a prisão preventiva.
Jonathan Fernandes dos Santos
O advogado Rogério Antunes Rayol também entrou com pedido de revogação da prisão preventiva. A reportagem não conseguiu contato com ele. Os telefones não constam no cadastro nacional da OAB.
Os torcedores vascaínos Jonathan Fernandes dos Santos, 30 anos, Arthur Barcelos Lima Ferreira, 26 anos, e Leone Mendes da Silva, 22 anos, foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado - por motivo fútil e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima; por dano ao patrimônio público; e por incitação e prática à violência - crime previsto no Estatuto do Torcedor. Além dos crimes citados, o torcedor Arthur foi denunciado por roubo e lesão corporal grave.
De acordo com a denúncia, os três participaram ativamente do confronto nas arquibancadas do estádio, provocando, agredindo e incentivando a agressão contra a torcida adversária. As torcidas rivais partiram para o enfrentamento físico poucos minutos após o início da partida. A tentativa de homicídio teria sido praticada contra o torcedor rival Estevam Vieira da Silva que no meio da confusão ficou caído em uma das fileiras da arquibancada.
—Quando a vítima estava prostrada ao solo desacordada, o denunciado Leone Mendes da Silva muniu-se de barra de madeira, contendo parafuso na ponta, passou a golpeá-lo no tórax, braços e cabeça—, destacou o promotor.
A denúncia diz que Jonathan e Arthur ajudaram a agredir a vítima e que o homicídio só não foi consumado porque houve intervenção da Polícia Militar.
—O pretendido homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias às vontades dos denunciados, uma vez que a Polícia Militar logo chegou e retirou a vítima do local, quando então recebeu pronto e eficiente atendimento médico.
De acordo com o Ministério Público, Arthur foi denunciado por ter roubado o tênis e a bermuda de Estevam com emprego de força física e por ter agredido Willian Batista da Silva. As lesões corporais foram comprovadas com laudo pericial. O MP destacou ainda que os denunciados danificaram a Arena Joinville quebrando as grades de proteção que dividiam as duas torcidas.
A denúncia foi feita com base no auto de prisão em flagrante realizado na Central de Polícia no dia da confusão. Os torcedores se reservaram ao direito de permanecerem calados e não falaram no interrogatório feito na delegacia. O delegado que estava de plantão, Douglas de Cinque, ouviu testemunhas e os policiais que fizeram a prisão.
Imagens divulgadas por meio da imprensa mostram as agressões. Os torcedores permanecem presos preventivamente em uma cela da Penitenciária Industrial de Joinville.
Investigação
O inquérito policial instaurado para investigar a participação dos demais torcedores na briga entre Vasco e Atlético Paranaense está em fase de identificação e qualificação dos envolvidos. Os nomes dos cerca de 40 torcedores previamente identificados ainda não foram divulgados pelo delegado Paulo Reis, a fim de não prejudicar o andamento da investigação.
Policiais da Divisão de Investigação Criminal, com apoio de agentes da Central de Polícia, do Instituto Médico Legal e das polícias do Paraná e do Rio Janeiro trabalham 24 horas para dar agilidade aos trabalhos e concluir o inquérito dentro do prazo legal de 30 dias.
Contraponto
Arthur Barcelos Lima Ferreira e Leone Mendes da Silva
O advogado de defesa Márcio da Maia Vicente já entrou com pedido de revogação da prisão preventiva. A defesa considera que os dois torcedores foram vítimas.
—Eles são réus primários e nunca se envolveram com nada e nem faziam parte de torcida organizada. Eles foram acuados pela torcida adversária e serviram de escudo para defender crianças, idosos e mulheres que estavam lá. Houve o ataque, mas faz parte da situação, foge da razão, são todos trabalhadores, um é estudante e o outro barbeiro—, destacou.
Márcio alega que por serem réus primários, terem endereço fixo e emprego não justifica a prisão preventiva.
Jonathan Fernandes dos Santos
O advogado Rogério Antunes Rayol também entrou com pedido de revogação da prisão preventiva. A reportagem não conseguiu contato com ele. Os telefones não constam no cadastro nacional da OAB.
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