Vasco tem pedido de impugnação negado pelo STJD e segue na Série B
O Vasco teve negado nesta sexta-feira o recurso em que pedia a impugnação da partida contra o Atlético-PR, na Arena Joinville, pela última rodada do Brasileirão, e vai mesmo disputar a Série B em 2014. O Pleno do STJD manteve a decisão anterior do presidente Flavio Zveiter de não julgar a possível anulação da partida, já que não houve punição ao árbitro Ricardo Marques Ribeiro, e que ele tinha o poder de decidir se o jogo seria retomado após a confusão entre as torcidas que deixou alguns feridos.
A decisão do Pleno foi unânime e todos os auditores e o presidente do STJD acompanharam o voto do relator Ronaldo Botelho Piacente, que alegou que o árbitro agiu dentro do regulamento e que a segurança estava garantida por agentes particulares, com laudo da Polícia Militar de Joinville sustentando as condições. "O árbitro entendeu que poderia continuar a partida porque a Polícia Militar lhe garantiu segurança", disse o relator.
Na defesa do Vasco, a advogada Luciana Lopes alegou que o jogo não poderia nem ter sido iniciado, diante da falta de policiamento.
- O Vasco não está aqui para ter ponto no tapetão. Só pro julgamento tem 125 pms. Essa partida não poderia ter sido marcada, muito menos iniciada sem segurança, ferindo Estatudo do Torcedor. Se não entrasse em campo estaria aqui para responder a um W.O. O que o Vasco quer é que essa impugnação de partida seja julgada. Se o Flamengo vai ser rebaixado, o Atletico perder os pontos, lamento - afirmou.
O procurador Paulo Schmitt disse, por sua vez, que não há erro de direito, argumento também citado pelo relator posteriormente. E tocou novamente no fato de que o árbitro foi absolvido.
- Avaliamos que o árbitro atuou dentro dos limites do regulamento, se haveria ou não segurança. Entendemos que não deveria ter iniciado, denunciamos e não houve recurso de ninguém. Não temos a culpa do árbitro, e isso seria relevante para impugnação - afirmou.
O advogado Domingos Moro, que defendeu o Atlético-PR mas se declarou torcedor do Vasco, foi efusivo na argumentação e chegou aos mesmos pontos da Procuradoria.
- O Vasco quer modificar um resultado. Porque anular a partida não adianta. Não há o requisito do erro de direito. Há uma decisão de quem tinha o poder de decisão. E ele disse que tomou a decisão em dez minutos. E foi absolvido por unanimidade. Não há um álibi - encerrou.
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