Maior sindicato da África do Sul corta laços políticos com o CNA
Por Peroshni Govender
JOHANESBURGO, 20 Dez (Reuters) - O maior sindicato da África do Sul não vai apoiar o governista Congresso Nacional Africano (CNA) nas eleições do ano que vem, disse o secretário-geral da entidade nesta sexta-feira, em um golpe ao presidente Jacob Zuma, cujo apoio político junto à classe operária está em rápido desgaste.
A decisão tomada pelo Sindicato Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (Numsa, na sigla em inglês), com mais de 330 mil filiados, é mais um sinal da deterioração da aliança forjada com a CNA na luta em comum contra o apartheid.
O Numsa é o maior bloco dentro da central sindical Cosatu, que por sua vez integra um aliança formal de governo, junto com o CNA e o Partido Comunista da África do Sul.
No entanto, o Numsa tem se desentendido com todos os três integrantes da aliança, acusando-os de defender políticas em prol das corporações.
"O Numsa como organização não vai endossar nem apoiar o CNA ou qualquer outro partido político em 2014", disse o secretário-geral Irvin Jim em coletiva de imprensa após reunião com integrantes do sindicato.
Ele disse que funcionários do Numsa e trabalhadores poderiam fazer campanha a favor do CNA, mas teriam que fazê-lo "no seu tempo livre e com seus próprios recursos".
Jim também pediu a renúncia de Zuma, que foi vaiado no memorial em homenagem ao herói na luta contra o apartheid Nelson Mandela no dia 10 de dezembro.
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