MP rastreia contas de fiscais de SP em Miami e Nova York
- Promotor investiga se máfia recebia mesada de empreiteiras
SÃO PAULO — O Ministério Público (MP) Estadual vai pedir ajuda internacional para rastrear no exterior contas de todos os integrantes da máfia dos auditores fiscais que desviaram até R$ 500 milhões dos cofres da prefeitura de São Paulo em fraudes na cobrança do ISS. Os promotores suspeitam que a quadrilha usava contas em Miami e Nova York para receber propinas de empreiteiras brasileiras. Uma das contas a ser rastreada pertenceria a Luis Alexandre Magalhães, na filial do Banco de Descontos de Israel (DBI), em Miami. As operações nesta conta serão cruzadas com movimentações financeiras no Brasil.
Os promotores estão usando o Simba (Sistema de Movimentação Financeira), do Ministério da Fazenda, o mesmo sistema usado no mensalão, para rastrear contas dos implicados no caso.
— Estamos fazendo buscas em instituições financeiras, pois a quadrilha movimentava um volume de dinheiro muito grande. Cruzando dados... Recebemos muitos dados e estamos dissecando tudo. Nas escutas, o Luis Alexandre teve gravada uma conversa com uma moça de um banco de Miami e fala da conta Banco de Descontos de Israel (DBI). Em sua casa também apreendemos documentos de operações dele nesse banco e cartões de visitas de dois funcionários desse banco da agência da Quinta Avenida em Nova York — afirmou o promotor Roberto Bodini
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