terça-feira, 19 de novembro de 2013


Sírio »Importante líder rebelde morre em ataque do regime

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 18/11/2013 20:36 Atualização: 18/11/2013 21:43

Um rebelde caminha entre os escombros de um prédio atacado em Deir Ezzor. Foto: Ahmad Aboud/Arquivos/AFP Photo
Um rebelde caminha entre os escombros de um prédio atacado em Deir Ezzor. Foto: Ahmad Aboud/Arquivos/AFP Photo
Um carismático chefe rebelde sírio morreu nesta segunda-feira, em um golpe duro para os insurgentes, que enfrentam o avanço das forças do presidente Bashar al-Assad.

O líder do grupo Liwa al-Tawhid, Abdel Qader Saleh, de 33 anos, não resistiu aos ferimentos sofridos durante um ataque aéreo na quinta-feira. 

Ele foi "o primeiro organizador de manifestações pacíficas na província de Aleppo, e depois, o primeiro a atacar os redutos das gangues de Assad" na segunda maior cidade do país, afirmou a Coalizão Opositora síria, ressaltando que Saleh é "um símbolo vivo nos corações dos sírios".

Conhecido pelo nome de Hajji Marea, Abdel Qader Saleh foi o líder da batalha de Aleppo, em 2012, à frente do Liwa al-Tawhid, um grupo com cerca de 8.000 combatentes ligado à Irmandade Muçulmana síria.

Considerado pelos militantes uma pessoa "muito carismática", ele tinha rompido com a Coalizão Opositora no exílio, por considerar que ela estava totalmente fora da realidade dos campos de batalha.

"Sua morte é um duro golpe" para a oposição, mas pode "levar os rebeldes a lançarem um contra-ataque diante do avanço do regime", no momento em que o Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, avança na região de Aleppo, onde os rebeldes sofreram uma série de derrotas, afirmou Charles Lister, analista do IHS Jane’s Terrorism and Insurgency Centre.

No plano diplomático, a Rússia recebeu nesta segunda representantes do regime sírio e manteve seu convite à Coalizão Nacional Opositora, descartando, entretanto, que vá discutir qualquer precondição para a conferência de paz Genebra 2.

A Coalizão Nacional anunciou que está pronta para participar de Genebra 2, contanto que o presidente Assad entregue seus poderes e seja excluído de qualquer fase de transição. A Rússia, aliada de Damasco, rejeita esse tipo de exigência.

A conferência Genebra 2 tem por objetivo reunir representantes do poder e da oposição para tentar encontrar uma solução política para o conflito sírio que deixou mais de 120.000 mortos desde março de 2011.

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