segunda-feira, 11 de novembro de 2013


Taíza falou abertamente sobre a fuga do País, os boatos que cercaram a saída em 2006 e sobre os sete anos em que viveu na Europa. Sem revelar nomes, sugere ter sido vítima, aos 23 anos, de um esquema de aliciamento e tráfico de mulheres para prostituição. 

Na maior parte do tempo, viveu com medo. Uma paixão-relâmpago pelo homem belga que controlava o suposto esquema, um namoro conturbado com um italiano, muitos trabalhos informais, sem nenhuma relação com a carreira de modelo. Contou que passou fome e buscou alimentos no lixo. Um ano inteiro sem sair de casa, o encontro com uma família que a teria ajudado nos últimos três anos e até uma tentativa de suicídio. Esses foram alguns dos ingredientes do drama que ela descreve em detalhes e sempre entre lágrimas. 

Em um vestido florido azul, acompanhada do pai, o empresário Antônio Severina, e do advogado Carlos Adauto Vieira, Taíza fala em um português perfeito, mas com um inconfundível sotaque britânico. 

Está pesando 61 quilos, distribuídos em 1,73 metro _ cinco quilos a menos do que no ano em que disputou o título de mulher mais bonita do Brasil. O peso é só um dos indícios de que algo não saiu bem. Ao contar sua história, Taíza intercala momentos de reflexão com outros de profunda tristeza. O sorriso e o olhar continuam iluminados, quase hipnóticos.



Preço alto pela segurança 

Após receber o título de miss Brasil 2002, Taíza Thomsen foi para São Paulo para estudar. Queria ser jornalista e apresentadora de TV. Chegou a fazer cursos e alguns trabalhos, mas não deu tempo de tentar a faculdade de jornalismo. Trabalhou durante alguns meses como vendedora de roupas em uma loja de um shopping na capital paulista. Começou a trabalhar em uma agência, onde conheceu o ex-namorado, que tempos depois se transformou no pivô da fuga dela do Brasil

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