Entrevista13/12/2013 | 19h27
Futebol ofensivo, aposta em Rafael Moura e vestiário pacificado: Abel revela os planos para o Inter de 2014
Novo técnico se diz motivado para conquistar os títulos que ainda não conseguiu no clube
Leandro Behs
Demorou, mas, enfim, o Inter oficializou o que já havia se tornado de domínio público: Abel Braga, 61 anos, comandará a equipe em 2014, com Marcelo Medeiros, promovido a vice-presidente de futebol. O treinador será apresentado no dia 17, exatamente no sétimo aniversário da vitória sobre o Barcelona, no Mundial de Yokohama.
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Com Abel chegarão também o auxiliar Leomir Souza, os preparadores físicos Cristiano Nunes e Marcelo Chirol, além do preparador de goleiros Marquinhos e do observador Fábio Moreno. Após o desembarque do técnico, o Inter deverá passar a anunciar os seus primeiro reforços.
Além do zagueiro Ernando, que já realizou exames médicos em Porto Alegre e assinou contrato, o volante Edinho, que ficou livre ao final dessa temporada, o zagueiro Paulão, do Guangzhou Evergrande e que estava emprestado ao Cruzeiro, o lateral-direito Neilson, do Icasa, e o atacante Luan, do Palmeiras, deverão ser anunciados.
Confira as ideias de Abel para o Inter:
"Para dentro deles"O meu esquema é o 4-3-3, com três atacantes. Gosto de um time que vai para dentro do adversário. As grande seleções do mundo e os grandes times jogam assim: Barcelona, Bayern, PSG... Gosto de botar medo no adversário. No Mundial de 2006, fui com Pato, Fernandão e Iarley contra o Barcelona. Mas quero defender com seis ou oito jogadores. Quero que a marcação comece com os atacantes. O Flamengo é um exemplo de time que marca bem e joga.
Rafael MouraNão queria que o Damião saísse. Mas não posso nem meter em coisas que já estavam decididas pela direção. Tenho muita admiração pelo Rafael Moura. Comigo, no Fluminense, houve um momento em que Moura fez mais gols do que o Fred. Moura não será um novo Michel (atacante que tinha a confiança de Abel, mas que era vaiado quase sempre pela torcida). Michel era fundamental na parte tática. Moura é um jogador diferente, é um definidor, que vai correr para o time e meter a bola para dentro quando ela chegar.
D'AlessandroNunca trabalhamos juntos, mas, acho que por causa do Guiñazu, ele tem muito carinho por mim. Acho que Guiñazu falou bem de mim para ele. Sempre me cumprimentou após os jogos. Não é fácil um estrangeiro ser ídolo, como D'Alessandro é. Jogou bem mais do que o time nesse ano. Quero que ele fique. Conto com ele e já tive uma perda que não desejava: Damião.
MotivaçãoEstou motivadíssimo e me sentindo como um guri. Não ganhei a Copa do Brasil ainda e o Inter não ganha o Brasileirão desde 1979. A falta de título é que está afastando toda a empatia com torcedor, deixando de existir. E isso precisa ser resgatado imediatamente. Quatro meses em casa te deixa com um motivação enorme. Estou voltando para a minha casa. Isso não é novidade: o Beira-Rio é a minha casa. E agora está novinho e belíssimo. Estou louco para estrear lá. Voltei por gratidão e porque queria retornar ao Inter. Acertei por um salário muito menor do que o que eu recebia no Fluminense.
VestiárioTenho 23 títulos como treinador. E nunca trabalhei com um ambiente ruim. Comigo, vai jogar quem estiver melhor nos treinos. Ninguém se escala no nome. Além disso, eu e minha comissão só nos preocuparemos com o campo. O resto, é com a direção. Já ouvi algumas coisas do Marcelo (Medeiros). Pelo que vi dos últimos jogos, o Muriel acabou o ano muito bem e o Willians também. Willians corre e marca muito. Contarei demais com ele.
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