LÊNCIA 09/12/2013
A Polícia não estava lá
Na última rodada do Brasileiro, a selvageria substituiu o futebol. Na partida que definiu a queda do Vasco, uma briga de torcedores deixou quatro gravemente feridos
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O que era para ser uma tarde com o inédito rebaixamento simultâneo de dois tradicionais clubes cariocas acabou tendo como destaque uma grande briga envolvendo as torcidas do Atlético-PR e do Vasco, em Joinville (SC), ontem. A briga, com tons bárbaros na Arena Joinville, deixou quatro feridos em estado grave.
O Atlético-PR quis fazer a partida no Estado vizinho depois que foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a perda de dois mandos em Curitiba por uma briga em sua própria torcida no clássico contra o Coritiba, também pelo Brasileiro, no dia 6 de outubro. A partida de ontem estava no 17º minuto do primeiro tempo quando torcedores das duas equipes entraram em conflito nas arquibancadas.
apenas uma corda separando as torcidas. Do lado atleticano, três seguranças particulares garantiam o isolamento. Do lado vascaíno, havia quatro homens. A Polícia Militar afirmou que, por ser um evento privado, a segurança dentro do estádio era particular.
Os jogadores e o árbitro pararam a partida e, de dentro do campo, pediram para que os torcedores interrompessem a briga, mas nada adiantou. O que se viu foi uma briga que teve até uso de cano com prego preso na ponta, socos, chutes e empurrões. Depois de chegar ao local, a Polícia ainda levou cerca de cinco minutos para conseguir separar os vândalos.
As agressões foram fortes e alguns torcedores, que caíram, tiveram suas cabeças chutadas por rivais. Um helicóptero entrou em campo para levar os feridos para um hospital da cidade. No total, quatro foram internados em estado grave, mas não correm risco de morte. Para tentar escapar da confusão, torcedores tentaram pular no gramado, mas um vão entre a arquibancada e o campo aumentou o risco de haver mais feridos.
O jogo, que até então estava 1 a 0 para o Atlético-PR, ficou interrompido por 1 hora e 15 minutos. Dirigentes vascaínos entraram no campo e exigiram que o árbitro adiasse a partida.
“Lamentável ver imagens assim em um momento que se fala de Copa no País”, disse o técnico do Vasco, Adilson Baptista. “A vontade é de sair do estádio e ir embora para casa. Nunca vi cenas assim”, afirmou Vágner Mancini, treinador do Atlético-PR. A partida, porém, continuou e acabou mais de uma hora depois das demais.
O Vasco foi goleado por 5 a 1 e deu adeus à Série A, assim como o Fluminense. O Atlético-PR vai disputar a Libertadores. A polícia não informou quantos foram presos. (Folhapress)
Paralisação
Jogadores e árbitro pararam a partida e pediram para torcedores interromperem briga
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