domingo, 3 de novembro de 2013

 Desde a minha época era difícil. Parecia que os caras jogavam contra a gente como se fosse o último jogo da vida — lembra Assis, o Carrasco, protagonista inquestionável desta história ao lado de Zico. — É tradição do Fluminense viver dificuldades. Mas ele consegue. No final, sempre consegue.
A sina do Fla de empurrar o Flu ladeira abaixo
Se equilibrando na prancha para não cair na zona de rebaixamento, o Fluminense tem pela frente hoje um rival que costuma gostar de dar aquele empurrãozinho em direção ao precipício. Em momentos dramáticos no histórico do Campeonato Brasileiro, o Flamengo faz o papel de carrasco tricolor.
Em 1996, Sávio e Jacozinho duas vezes fizeram os gols da vitória de 3 a 1, que afundou o Fluminense. Duas rodadas depois, na última, o Flamengo ainda perderia para o Bahia, confirmando o rebaixamento do rival carioca.
Fazendo um de seus primeiros Fla-Flus na ocasião, o ex-lateral Athirson lembra que não há favorito, mas que o Rubro-negro está tranquilo e o tricolor desesperado.
— O Flamengo está num momento melhor, de confiança pela Copa do Brasil. O desespero do Fluminense traz um lado negativo de querer resolver logo — disse.
O Fla também tornou a briga do Flu contra a degola mais dramática em 2003, 2006 e 2009, quando Adriano fez dois gols no Maracanã.
Hernane ‘fominha’ e mais dez no Fla
Os nomes que Jayme escolherá para substitutir Leo Moura, Chicão, André Santos, Elias e Paulinho, poupados hoje contra o Fluminense, só serão conhecidos exatamente mais tarde, mas o certo é que Hernane, o Brocador, estará presente, para comandar o Rubro-negro em busca da vitória e do fim mais próximo do risco de rebaixamento.
Artilheiro do Flamengo no Brasileirão, com 13 gols, o atacante volta ao palco em que já marcou 11 deles, o Maracanã, contra um adversário que lhe dá sorte. Em dois jogos, já balançou a rede do Fluminense três vezes, uma delas com gol de letra, eleito pelo próprio Hernane como o mais bonito da carreica.
Diferente dos jogadores titulares poupados, Hernane não tem se queixado de nenhum incômodo e o técnico Jayme de Almeida não hesitou em confirmar a sua escalação, mesmo que o jogador também venha de uma sequência desgastante entre Brasileiro e Copa do Brasil.
— A gente pode perder qualquer um. Mas o Hernane nunca reclamou de estar cansado. Os que saíram estão com problema, sentiram, cansaço. Não da pra arriscar. Os outros estão perfeitos — explicou o treinador.
Para as vagas que ficam em aberto, a tendência é que quem atuou contra o Atlético-MG: Digão, Frauches, João Paulo, Val e Gabriel. Bruninho deve ser observado.
Reforçar a defesa é o remédio no Flu
Sobis é a esperança do Flu
Sobis é a esperança do Flu Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Sem vencer há sete partidas no Brasileiro e apenas três pontos acima da zona de rebaixamento, o Fluminense tem motivos de sobra para querer sair vitorioso do tradicional clássico Fla-Flu, que terá mais uma página escrita hoje, no Maracanã. A necessidade de triunfar é grande e contrasta com a escassez de opções que o time possui para superar o Rubro-negro.
Sem Wagner, lesionado, e Felipe, suspenso, o técnico Vanderlei Luxemburgo não vê muitas alternativas para dar ofensividade à equipe. Sendo assim, é possível que ele mande a campo quatro volantes: Edinho mais recuado, com Diguinho e Jean á frente da zaga, e Rafinha mais adiantado.
Já na lateral esquerda, Ronan não parece estar totalmente seguro após a recuperação de um estiramento na coxa esquerda. Sem muitas possibilidades, Luxa pode ter na improvisação do destro Igor Julião uma solução.
Além disso, com meio time do Flamengo poupado pelo técnico Jayme de Almeida, Luxemburgo admite que tais mudanças interferem na escalação tricolor.
— Imaginávamos que o Flamengo pudesse poupar porque está jogando uma competição importante. Mas isso não nos dá vantagem. Vamos trabalhar em cima dessas mudanças feitas pelo Jayme — frisou.

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