domingo, 3 de novembro de 2013

Fla-Flu em clima de drama e suspense cinematrogáfico em cartaz no Maracanã

Hernane foi o herói da classificação
Hernane foi o herói da classificação Foto: Alexandre Cassiano / O Globo
Diogo Dantas e Rafael Oliveira
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Uma rixa centenária entre um clube que nasceu do outro e ousou desafiá-lo. Uma história pontuada por duelos surpreendentes, tensos e até folclóricos. Daria roteiro de filme. E deu. O clássico entre Flamengo e Fluminense, em cartaz hoje no Maracanã, às 19h30m, chegou aos cinemas com “Fla x Flu, 40 minutos antes do nada”, documentário que exalta a paixão e a rivalidade do confronto.
— A rivalidade do Fla-Flu é mais charmosa, saudável e menos bélica do que a dos outros clássicos. Ela evoca o que há de melhor no carioca: o bom humor, a provocação do dia seguinte, quando você chega no trabalho e seu colega te sacaneia — teoriza Renato Terra, diretor do filme.
Hoje, o clássico será visto pela 310ª vez num campo de futebol. E o roteiro, como sempre, é carregado de drama e suspense. O Fluminense se vê novamente diante da ribanceira. Em crise e com o técnico ameaçado de demissão, precisa da vitória desesperadamente. O Flamengo, mesmo com o foco na Copa do Brasil, tem a chance de dar o empurrão que falta.
— São como irmãos que se amam e odeiam ao mesmo tempo. — compara o cineasta. — O Flamengo não vai tirar o pé. Achar que um iria favorecer o outro até tira a graça. E, se fosse o contrário, o torcedor do Fluminense também iria querer o mesmo.
A história mostra que os rubro-negros não perdem a oportunidade de serem os vilões da história. Em 1996, o cenário era parecido: o Tricolor agonizava na tabela e o Flamengo podia colaborar para a queda. Dito e feito: um 3 a 1 no Maracanã que deixou o time das Laranjeiras mais perto da Série B.
— É uma lenda que já nasceu com rivalidade. Não tem essa de pé no freio. O Fluminense é um rival bom de se ganhar sempre — destaca Adílio, que participou de muitos dos clássicos lembrados pelo documentário.
Se o Flamengo gosta de ser vilão, os tricolores têm um herói a quem recorrer. Um salvador místico, criado por Nelson Rodrigues, roteirista por excelência do clássico: o Sobrenatural de Almeia, uma força fantástica que age nos gols improváveis, nas vitórias mais inesperadas.
— Desde a minha época era difícil. Parecia que os caras jogavam contra a gente como se fosse o último jogo da vida — lembra Assis, o Carrasco, protagonista inquestionável desta história ao lado de Zico. — É tradição do Fluminense viver dificuldades. Mas ele consegue. No final, sempre consegue.

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