sexta-feira, 20 de junho de 2014

Copa 2014: pela primeira vez desde que voltou à seleção, Felipão vive fase sob pressão

Brazil's coach Luiz Felipe Scolari reacts during the 2014 World Cup Group A soccer match between Brazil and Mexico at the Castelao arena
Brazil's coach Luiz Felipe Scolari reacts during the 2014 World Cup Group A soccer match between Brazil and Mexico at the Castelao arena Foto: Marcelo del Pozo / REUTERS
Bruno Marinho
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O outro lado da moeda tem sido amargo para Felipão. Depois de 19 meses de serenidade, com festa pelo título da Copa das Confederações, boas atuações e uma chuva de elogios, a Copa do Mundo começou e o início aquém do esperado tem deixado o técnico sob pressão pela primeira vez, desde que reassumiu a seleção brasileira. Lentamente, os questionamentos aumentam. Como na física, sob o efeito de uma ação, o treinador reage de volta.
Um dos pesos sobre os ombros do treinador é o pedido crescente por mudanças na escalação. Os laterais e Paulinho e Fred são cada vez mais contestados na equipe titular, algo que era impensável um mês atrás. Scolari, por sua vez, responde admitindo que deve fazer alterações na formação que se consagrou na Copa das Confederações, já no duelo contra Camarões. A disposição atual do técnico não faz jus à certeza que ele carregava no começo da preparação. Para o goleiro Julio Cesar, a equipe tem mostrado evolução:
- Felipão e Parreira assumiram um ano e meio antes da Copa do Mundo, sem jogar as Eliminatórias, e conseguiram dar uma identidade, cara e esquema à equipe.
Essa personalidade que o treinador deu à equipe deve mudar contra Camarões. A do próprio Scolari já sofreu mudanças desde o começo do trabalho na Granja Comary. O Felipão garoto-propaganda pré-Copa iniciou a preparação em Teresópolis procurando jornalistas para tentar uma “resenha” sem compromisso, atendeu equipes de televisão no gramado do centro de treinamento.
Atualmente, o treinador tem se mostrado mais fechado. A coletiva de imprensa depois do empate com o México contou com respostas atravessadas e um resmungo já no fim, típico dos tempos mais sisudos do técnico.

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