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14 de junho de 2014 • 07h33
Argentinos encaram 3 mil km e dormem no carro por Copa
Assustados com o preço das passagens aéreas e da hospedagem no Brasil durante a Copa, cinco amigos argentinos decidiram aproveitar o fato de o mundial ser disputado no vizinho e eterno rival Brasil e colocaram o pé, no caso, a van na estrada. Ricardo Cordoba, 32 anos, Estevan Picca, 31, Frederico Gutierrez, 29, Diego Sanchez, 32 e Franco Vaudagna, 31, começaram a jornada no último sábado e só voltam para a casa depois do dia 25 de junho, final da primeira fase para a Argentina.
De Córdoba ao Rio de Janeiro, primeira parada da seleção argentina, que enfrenta domingo a Bósnia noMaracanã, foram 3 mil km, percorridos a 60 km/h para não sobrecarregar a “furgoneta”, já idosa. Depois o plano é seguir para Belo Horizonte, onde o time encara o Irã no dia 21, e então já começar o caminho de volta, percorrendo os cerca de 1,7 mil km que separam a capital mineira de Porto Alegre, onde a Argentina enfrenta a Nigéria.
O carro foi carregado com malas e esperanças de uma vitória argentina, “de preferência em uma final contra o Brasil”, como lembra Diego. Na traseira do carro há um compensado sobre os bancos coberto com um acolchoado faz as vezes de cama e também serve de mesa na hora do jantar, feito ao lado do carro, estacionado a duas quadras da praia em uma rua de Copacabana. Enquanto quatro amigos se apertam atrás, outro dorme nos bancos da frente.
Argentinos viajam 3 mil km em van para acompanhar seleção
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Ricardo Cordoba, 32 anos, Estevan Picca, 31, Frederico Gutierrez, 29, Diego Sanchez, 32, e Franco Vaudagna, 31, começaram a jornada no último sábado e só voltam para casa depois do dia 25 de junho.Leia mais
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Apesar da tradicional rivalidade, eles dizem ter se surpreendido com a recepção calorosa dos vizinhos. Uma senhora chegou a presentear o grupo com pão fatiado, queijo e presunto, devidamente consumidos sobre a mesa improvisada após o jogo do Brasil contra a Croácia, que eles assistiram pelo telão montado pela Fifa na praia. É lá também que eles tomam banho e usam o banheiro, a R$ 4,00 e R$ 2,00, respectivamente, nos postos de salva-vidas. “E tomamos banho todos os dias”, garante Diego.
Até agora, nenhum deles teve problemas, tanto no deslocamento, como na segurança, e os cinco são só elogios ao Rio. “Tínhamos alguma preocupação por ser uma cidade grande, violenta, mas até agora fomos muito bem tratados”, diz Ricardo. “O Rio é lindo.”
Sempre armados com a bandeira azul e branca – mais do que a placa indicando a origem, um enorme “Vamos Argentina” na lateral do carro deixa clara a origem do grupo” -, eles se preparam para partir para Minas na quinta-feira. Até lá pretendem aproveitar o Rio – apenas um deles conhece a cidade -, e comemorar a vitória contra a Bósnia, que veem como certa. “Vamos ganhar e de 3 a 0”, diz Diego.
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