Frank Wormuth avisou a Parreira e a Felipão no último Footecon que Alemanha não deixaria Brasil ser campeão em 2014
Por: Gilmar Ferreira em 10/07/14 23:37
Às vésperas do confronto com os anfitriões da Copa do Mundo, rivais históricos nunca antes desafiados nesta competição, o auxiliar técnico de Jöachim Low na seleção alemã, Hansi Flick, dizia que o fato de uma seleção europeia nunca um Mundial disputado na América Latina não os assombrava.
E escorava a confiança nos dois anos de estudos feitos pela equipe de universitários da German Sport University Cologne, trabalho coordenado pelo cientista Jürgen Buschmann, de 65 anos, especializado na coleta e análise de dados estatísticos.
A ESTRUTURA.
Traduzindo: cada adversário é dissecado no jogo a jogo no relatório que por vezes chegar a ter 600 páginas onde constam também observações sobre características pessoais e profissionais de cada oponente e sugestão sobre como enfrentá-los.
"Estamos muito, muito bem-preparados e ansiosos para jogar contra o Brasil. Trabalhamos nesse projeto nos últimos dois anos e todo nosso sistema foi construído para isso", chegou a dizer Hansi Flick a jornalistas que acompanhavam a preparação do alemães em Santa Cruz Cabrália, na Bahia.
O FRUTO.
É evidente que o sucesso do time alemão não se explica apenas por conta deste detalhe ou até mesmo pelo fato de os alemães terem trabalhado o emocional do jogadores com exercícios de yoga.
Mas essa preocupação é parte importante no processo iniciado nos início dos anos 2000, capitaneado em boa parte pelo ex-atacante Juergen Klismann, que fez parte da fantástica e vitoriosa geração que brilhou entre os anos 80 e 90.
O trabalho, no todo, é muito mais abrangente e resulta, inclusive, na construção de um novo estilo de jogo. Fruto semeado nas escolas de futebol criadas pela Federação e que precisou de alguns anos até que aqueles adolescentes crescessem _ treze dos atuais 23 inscritos no Mundial têm entre 20 e 26 anos.
O AVISO.
Não é possível que Felipão e Parreira não soubessem que estariam diante de um trabalho revolucionário, muito bem feito e com objetivos bem claros.
Afinal, os dois estavam presentes à palestra que o coordenador técnico da Federação Alemã, Frank Wormuth, deu no Footecon, evento organizado pelo próprio Parreira, no Rio de Janeiro.
Na oportunidade, Wormuth falou sobre o sucesso na reestruturação do futebol alemão e revelou que foram investidos € 100 milhões na construção de 366 centros de treinamento entre 2001 e 2013 e na capacitação de treinadores de 12 mil aldeias.
E concluiu, de forma profética:
"O povo e a mídia alemães têm nos cobrado que não basta chegarmos às quartas-de-final. Temos de ser campeões mundiais no Brasil. O Felipão e o Parreira querem ser campeões, mas não serão!"
A AULA.
Ao contrário da dupla que comandou a seleção nesta Copa do Mundo, Neymar se saiu muito bem na entrevista coletiva de ontem à tarde, em Teresópolis.
Mostrou, pelo menos, que tem uma assessoria de imprensa particular um pouco mais competente...
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