terça-feira, 15 de julho de 2014

Mais de 30 funcionários da Disney foram presos por supostos abusos de menores desde 2006

Entre os detidos estão guias turísticos, funcionários de lojas de presente e agentes de segurança

POR 

Funcionários do parque da Disney World participam de parada - Divulgação / David Roark, photographer
MIAMI — Pelo menos 35 funcionários da Disney World, na Flórida, foram presos nos Estados Unidos desde 2006, por supostas relações com casos de abuso de crianças e posse de pornografia infantil, de acordo com uma investigação da CNN. Entre os detidos estão agentes da segurança, guias turísticos, funcionários de lojas de presente e até mesmo um gerente de turno da noite acusado de ver pornografia infantil no trabalho, enquanto escrevia um sermão para a igreja.
Até agora, 32 pessoas já foram condenadas, enquanto outros casos ainda estão pendentes. Além desses, outros cinco funcionários do parque Universal Studios e dois do SeaWorld também foram presos. Segundo relatos, nenhuma das vítimas era visitante do centro de recreação. O porta-voz da Disney, Jacquee Wahler, disse à CNN que trabalha para proporcionar um ambiente seguro para as crianças.
— Esta é uma responsabilidade que levamos muito a sério. Então, eu sempre verifico se existe um passado criminoso — ressaltou Wahler.
No entanto, o xerife Grady Judd disse que os pedófilos têm razões óbvias para querer trabalhar no resort e solicitou que os funcionários a serem admitidos passem por testes no detector de mentiras. A polícia informou através de comunicado que vai continuar as investigações para proteger as crianças de predadores sexuais.
Um dos suspeitos rastreados pela polícia foi Robert Kingsolver, de 50 anos, que trabalhava como gerente de serviços de reparos no parque Magic Kingdom. Ele foi contratado em fevereiro e ainda enfrenta julgamento. No entanto, se declarou inocente da acusação de convidar uma criança de 14 anos para atos sexuais.
— Meus filhos me conhecem e sabem o quanto eu me importo com as crianças. Eles sabem que seu pai não é alguém que vai sair e ferir um menor de idade — afirmou Kingsolver.
As últimas prisões ocorreram em junho deste ano. A investigação se dividiu em duas fases: na primeira foram feitas as prisões relacionadas com posse de pornografia infantil. A maioria dos detidos possuía fotos de crianças entre 2 e 6 anos.
A segunda fase da operação foi focada em sites de internet e redes sociais onde os adultos fizeram contato com menores. Vários detetives se passaram por crianças e interagiram com os pedófilos. Os suspeitos enviaram imagens pornográficas de si mesmos, enquanto pediam para as crianças mandarem fotos nuas e tentavam marcar encontros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário