Por economia, Corinthians reduz influência da Fifa no Itaquerão
Na frente das câmeras, nesta segunda-feira, dirigentes da Fifa e do Corinthians exibiram sorrisos de satisfação com o ritmo das obras do Itaquerão, considerado o mais avançado entre as seis arenas ainda por construir. Por trás das câmeras, a diretoria corintiana tem reduzido a influência da federação internacional no estádio para minimizar os custos de obras.
O caso mais flagrante foi o elevador para atender o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e os VVIPs da entidade, cujo veto trouxe economia de R$ 20 milhões. Mas há outros itens que o clube negociou e modificou para atender mais seus interesses, e menos os da federação internacional.
A intenção é minimizar os gastos com uma futura adaptação do estádio para o seu perfil, que terá de ser feita após o Mundial. A avaliação da diretoria corintiana é de que já houve uma boa economia com as negativas ditas à federação internacional.
Por exemplo, a Fifa costuma fazer exigências sobre a localização de salas, a instalação de passagens para seus cartolas, entre outros itens. Baseia-se em um plano para locais de abertura do Mundial que está descrito no manual técnico com requerimentos para estádios da entidade. A intenção corintiana é que a federação internacional adapte seu plano ao Itaquerão, e não o contrário.
O Corinthians ganha força na negociação por dois motivos: está no prazo para a conclusão prevista e seria muito complicado ou quase impossível modificar a sede da estreia da Copa.
Até porque o estádio para abertura é o que tem maior número de exigências ao lado do local da final, que é o Maracanã. Há especificidades como espaços maiores para VVIPs e capacidade aumentada para a imprensa.
Por enquanto, o custo de construção do Itaquerão permanece nos previstos R$ 820 milhões, embora possam acontecer aumentos com ajustes da obras. Pelo cenário até agora visto pelos corintianos, não há sinal de que vá ocorrer um incremento significativo.
É claro que o clube tem um gasto adicional: os juros de mercado por conta de empréstimos para cobrir a ausência do financiamento do BNDES até agora. A expectativa é de que esse acordo com o banco público, intermediado pela Caixa Econômica, saia na próxima semana, mas as esperanças corintianas já foram frustradas anteriormente.
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