terça-feira, 20 de agosto de 2013


Manifestantes invadem plenário da Câmara; Henrique Alves pede "respeito"

Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília
  • Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
    Dezenas de manifestantes invadiram, no final da tarde desta terça-feira (20), o plenário da Câmara, local onde as votações são realizadas e onde é permitida apenas a presença de deputados
    Dezenas de manifestantes invadiram, no final da tarde desta terça-feira (20), o plenário da Câmara, local onde as votações são realizadas e onde é permitida apenas a presença de deputados
Dezenas de manifestantes invadiram, no final da tarde desta terça-feira (20), o plenário da Câmara dos Deputados, local onde as votações são realizadas e em que é permitida apenas a presença de deputados e assessores. A sessão da Câmara foi suspensa após a invasão.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pediu "respeito" aos manifestantes, que apitavam, cantavam o Hino Nacional e gritavam palavras de ordem no plenário. "Não é assim que vão conquistar os votos desse plenário. Eu faço um apelo para aqueles que querem ver essa matéria votada, sem discurso fácil e demagógico, retirem-se do recinto."

A CASA É DO POVO, GRITAM MANIFESTANTES NA CÂMARA

Após cerca de 10 minutos, os manifestantes deixaram o plenário.
Mais cedo, os manifestantes já haviam ocupado o Salão Verde da Câmara dos Deputados, o corredor das comissões, além das entradas do Congresso Nacional.
Há manifestantes representando policiais, que defendem a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que estabelece o piso nacional para policiais militares e bombeiros. Outro grupo representa médicos que querem a derrubada do veto ao projeto de lei do Ato Médico; e um terceiro bloco é formado por profissionais de 13 categorias da área de saúde, que defendem a manutenção do veto.
Sob vaias, Alves afirmou que assumiu um compromisso com a categoria dos policiais e que irá retomar a votação da PEC 300 até meados de setembro.
"Com a autoridade do presidente da Câmara, quero declarar aos que estão aqui me ouvindo, de maneira respeitosa e democrática, que hoje me reuni com grupo de representantes daqueles que lutam pela votação da PEC 300. Assumi de forma séria e responsável um compromisso: demos um prazo para até o dia 16 de setembro encontrarmos uma alternativa para colocar em votação a proposta."
Enquanto Alves pedia a calma e a saída pacífica dos manifestantes, eles saíam e gritavam "a casa é do povo". 
Com a retirada dos ativistas, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, reiniciou os trabalhos de votação da medida provisória 614/13, que faz ajustes na reestruturação das carreiras de magistério superior em universidades e de ensino básico, técnico e tecnológico nas demais instituições federais de ensino.
Mais cedo, os plenários e corredores das comissões também foram tomados por indígenas, que são contra a PEC que transfere ao Congresso o direito de homologar terras indígenas.
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20.ago.2013 - Dezenas de manifestantes invadiram, no final da tarde desta terça-feira (20), o plenário da Câmara dos Deputados, local onde as votações são realizadas e onde é permitida apenas a presença de deputados e assessores Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
Por volta das 12h os manifestantes chegaram ao Congresso por todas as entradas das duas Casas Legislativas.  Houve dois momentos de tensão, quando policiais militares impediam a entrada de manifestantes na Câmara dos Deputados. Em um destes momentos, os policiais militares chegaram a jogar spray de pimenta para tentar dispersar os manifestantes.
A invasão do plenário ocorre no dia em que uma sessão conjunta do Congresso Nacional vai analisar vetos da presidente Dilma Rousseff a quatro projetos de lei.
Os deputados e senadores irão votar quatro vetos que trancam a pauta de votações do Congresso: os vetos à MP 606, sobre Prouni e Pronatec; à MP 609, que desonerou a cesta básica; ao projeto (PL 7703/06) do Ato Médico, e ao projeto (PLP 288/13) do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
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Derrotas e vitórias de Dilma no Congresso16 fotos

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Depois de seguidas derrotas no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff vem sofrendo pressão para substituir sua equipe de negociação com o Legislativo. Cinco das últimas dez propostas encaminhadas pelo governo ao Parlamento foram rejeitadas. No caso mais recente, o da MP dos Portos, que veio sofrendo obstrução em plenário apesar das negociações com líderes de partidos, a medida, após aprovação na Câmara, pode perder a validade caso não seja votada até a meia-noite desta quinta-feira (16) pelo Senado Leia mais Arte/UOL

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