domingo, 25 de agosto de 2013

Guga Kuerten critica cartolas e teme falta de legado das Olimpíadas

Do UOL, em São Paulo
  • AFP PHOTO / PATRICK KOVARIK
    Com a filha no colo, Gustavo Kuerten, o Guga, acompanha jogo em Roland Garros
    Com a filha no colo, Gustavo Kuerten, o Guga, acompanha jogo em Roland Garros

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O ex-tenista Gustavo Kuerten criticou a estrutura do esporte brasileiro. Segundo ele, o modelo atual é "arcaico" por permitir que dirigentes se perpetuem no poder por muito tempo. Em entrevista ao Esporte Espetacular, da TV Globo, o campeão de Roland Garros, que disputou as Olimpíadas de 2000, afirmou que teme pela falta de legado no esporte após os jogos do Rio de Janeiro em 2016.

"O Brasil tem tudo para ser transformador, e o brasileiro vive esporte. O vôlei e o judô têm estrutudas avantajadas, mas na média a preocupação é quando o atleta ganha. Ele vira meu amigo e apaga o incêncio que está por trás", afirmou, reclamando da falta de estrutura para os atletas. "Tenho receio pelo que vejo. É muita preocupação com medalha e esquecimento do trabalho de base, que é fundamental. Deveria ser o início para uma transformação nacional do esporte, e estou vendo que a ideia é alcançar o máximo de medalhas, mas sem continuidade. Esse tipo de plano não faz sentido. É questionável. Até que ponto vai ser bom?", completou.

Guga também criticou o sistema político das federações, com dirigentes permanecendo muito tempo no poder.

"Infelizmente, é um sistema arcaico. Não dá para aceitar um cara sentar na cadeira e ficar 20 anos lá", disse Guga. "Esse sistema arcaico existe, um depende do outro, e ninguém vai francamente à TV entender por que os atletas brasileiros não têm condições decente", completou.
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Gustavo Kuerten ganha homenagem da ATP como um dos 16 tenistas da história que fecharam ano como nº 1 do mundo Bruno Freitas/UOL

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